sexta-feira, 23 de abril de 2010

40 ANOS LEVANDO RECADOS DE DEUS













Hoje fazem exatos 40 anos que pela primeira vez subi num púlpito evangélico para pregar. Nunca me havia passado pela cabeça que um dia seria pregador. Gostava muito de ouvir os outros falarem em público, mas ... Eu?
Era uma quinta-feira da Semana Nacional do Grupo Missionário da Mocidade da Igreja do Evangelho Quadrangular, o GMM. Pr. Clarindo então escalou cinco jovens para pregar nos cultos, de terça á sábado, daquela semana. A mim coube a quinta-feira, 23 de abril. Como sempre levantei cedo, fui para a Escola Técnica, pois naquele ano eu cursava a quarta série do então Ginásio Industrial. Mas durante todo aquele dia o texto da “pregação” esteve na minha cabeça, pois como geralmente aconteceria nos anos seguintes, eu decidi por ele uma noite antes. Foi 1 Sm. 17:48-58. Preguei, tremi, tremi e preguei. Quando desci do púlpito meu mano mais velho, que já estava na lida de pregação há mais de um ano, deu um tapinha nas minhas costas e cochichou no meu ouvido: “Aí batistão!”. Aquilo não me ofendeu, nem tampouco me tirou a vontade e disposição de atender ao chamado, que com certeza Deus estava me fazendo para ser um servo, apenas um servo, pois ser batistão, ou assembleiano, ou quadrangular, ou que for prá mim ainda hoje não diz nada, até porque desde o início meu compromisso foi e continua sendo com Deus e Sua Palavra.
Quarenta anos se passaram, e já fui onde nunca pensei que iria para levar a Mensagem do Evangelho, mesmo com meu tempo ainda limitado por compromissos profissionais. Nestas idas e vindas tenho visto Deus honrar Sua Palavra que no dizer do profeta, não torna prá Ele vazia sem antes fazer o que lhe apraz.
Louvo a Deus pela confiança que ele depositou em mim para ser um servo, e busco a cada manhã fazer o que for possível para não frustrar Suas expectativas a meu respeito.
Não me considero nenhum “expert” em pregação, mesmo porque se Ele não me der de Sua Graça e Unção, não passarei de um discursador, e isto tem gente fazendo bem melhor do que eu. Ainda tremo e temo quando tomo um lugar de onde devo transmitir um Recado de Deus, sabendo que só serei um entregador de Recados, o que tenho aprendido neste anos todos, e isto tem me feito muito bem.
Posso cantar com tanta gente que cantou na Bíblia, mas faço uso da expressão de Samuel, quando disse: ATÉ AQUI O SENHOR NOS AJUDOU.


Clóvis Cunha
Curitiba, 23 de abril de 2010